No último dia 1° de setembro, durante o I Seminário Estadual de Educação Cidadã, realizado na Escola de Governo, houve a abertura oficial da exposição itinerante "A 4 Remos, o maior feito náutico do mundo", um primoroso trabalho de pesquisa e de resgate da memória e do patrimônio cultural de nosso estado, realizado por técnicos do NEADTEC.
A 4 REMOS, O MAIOR FEITO NÁUTICO DO MUNDO é uma ação de Museologia Social que vem sendo desenvolvida pelo Núcleo de Educação à Distância e Tecnologia-NEADTEC da Secretaria da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte e pretende ser um Ponto de Memória itinerante fazendo deste legado uma ação pedagógica a desenvolver reflexões e práticas sobre os conceitos de preservação patrimonial e cidadania em seu trajeto por comunidades escolares e pela sociedade, tendo como primeiro espaço de exposição a Escola do Governo no Centro Administrativo, de 01 a 08 de setembro de 2016.
Acima os Técnicos-pedagógicos responsáveis por essa proeza: João Maria "Natal" Araújo (curador), Jacqueline Pereira e Carlos Gomes.
A Coordenadora do NEADTEC, Maria Aldeiza prestigia a solenidade.
O sr. Milton Cruz, neto de Ricardo da Cruz, um dos idealizadores dessa epopeia potiguar.
João Natal faz a abertura da exposição durante a solenidade do Setembro Cidadão.
O idealizador do Setembro Cidadão, o Juiz Jarbas (ao centro), congratula a iniciativa dos profissionais do NEADTEC.
SAIBA MAIS SOBRE ESSE FATO MEMORÁVEL DE NOSSA HISTÓRIA:
Exposição
“ A 4 REMOS, O MAIOR FEITO NÁUTICO DO MUNDO”
Resgata a memória da aventura idealizada por Ricardo da Cruz e amigos,
em encontro na praia de Genipabu, em 1936. A ideia se transforma em desafio de
enfrentar o mar numa iole a 4 remos, saindo de Natal rumo à capital federal, na
época, a cidade do Rio de Janeiro.
Em 1937 a iole estava pronta, uma embarcação
feita em madeira cedro, de bordas mais altas e totalmente reforçada, batizada
Rio Grande do Norte, iniciando um período de espera para liberação por parte do
Ministério da Marinha para que pudesse navegar, permeada de ponderações, muita
paciência e persistência, durada por dezesseis anos.
A mobilização de toda sociedade natalense
fez com que o sonho se tornasse realidade. Eis que, em 30 de março de 1952 na
rampa do Sport Club Natal às margens do Rio Potengi, a iole Rio Grande do
Norte, pelas mãos dos bravos remadores Ricardo da Cruz, Antônio de Souza
Duarte, Oscar Simões Filho, Francisco de Paula Madureira e Clodoaldo Bakker,
lança-se ao mar rumo a Guanabara. De
passagem pela costa do estado de Sergipe, sofrem um naufrágio, mas o sonho não
morreu, nossos destemidos remadores retornaram a Natal, construíram uma outra
iole que foi transportada até Sergipe, onde reiniciaram a jornada.
Agora é a
nossa Rio grande do Norte II, a guarnição também foi modificada por motivo de
saúde, e assim, em 21 de maio de 1953 Ricardo da Cruz, Antônio de Souza Duarte,
Oscar Simões Filho, Walter Fernandes e Luis Enéas dos Santos chegam ao Rio de
Janeiro registrando na história da humanidade o maior feito náutico do mundo,
como anunciou na Europa a BBC de Londres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário